terça-feira, 20 de setembro de 2011

VITAMINA B7 OU B8 - BIOTINA

A Biotina, também conhecida como vitamina H, vitamina B7 OU Vitamina B8, é uma molécula da classe das vitaminas que funciona como cofator enzimático. Funciona no metabolismo das proteínas e dos carboidratos. Ela age diretamente na formação da pele além de contribuir para a manutenção de unhas e cabelos, fortalecendo-os e evitando doenças. Também age indiretamente na utilização dos hidratos de carbono (“açúcares e amido”, sendo importante para obtenção de energia) e das proteínas. Sua absorção pode ser facilitada quando ingerida junto com minerais como o magnésio e o manganês Tem como principal função neutralizar o colesterol. Também atua no sistema nervoso desempenhando a função de um sedativo natural.
Há evidencias que apontam que esta vitamina ajuda a diminuir e manter estável os níveis de glicose no sangue, porem ainda não há nenhuma confirmação cientifica.  É uma vitamina hidrossolúvel. A biotina tem a fórmula química C10H16O3N2S.
A biotina pode ser encontrada através de levedura, arroz integral, frutas, nozes, ovos, carnes, leite. Também é produzida por bactérias do intestino.

Atividade biológica

A biotina é o cofator da enzima piruvato carboxilase por ser uma molécula especializada no transporte de dióxido de carbono (CO2). Na reação catalisada pela piruvato carboxilase, a biotina capta uma molécula de CO2 e transfere-a para uma molécula de piruvato, formando oxaloacetato, no processo de gliconeogênese. Esta transferência é possível graças à flexibilidade da porção linear da estrutura da biotina, que permite o movimento da parte da molécula envolvida no transporte do CO2.
A proteína avidina, presente numa forma ativa em ovos crus, inibe a ação da biotina ao ligar-se a esta, evitando a sua absorção normal no intestino. Uma dieta rica em ovos crus pode levar, por isso, a uma deficiência em biotina. Esta propriedade é, no entanto, explorada a nível laboratorial: é possível adicionar moléculas de biotina a determinadas proteínas (um processo denominado biotinização); proteínas marcadas deste modo podem ser facilmente purificadas através de cromatografia de afinidade, usando uma matriz contendo avidina covalentemente ligada, que por sua vez capta os grupos biotina (e consequentemente as proteínas a si ligadas). A proteína marcada pode então ser eluída (separada da matriz) usando um excesso molar de biotina livre, que compete com a biotina ligada à proteína e força-a a desligar da matriz cromatográfica.
  • Previne a calvície;
  • Função de calmante: age diretamente no sistema nervoso.
Carência de Biotina

Pode causar furunculose, fadiga, falta de apetite, depressão, dores musculares, ressecamento da pele, seborreia do couro cabeludo, calvície, unhas fracas e doentes e eczema.

Fontes na alimentação

O organismo humano é incapaz de sintetizar biotina, pelo que tem de ser suplementada através da alimentação. Alimentos ricos em biotina incluem:
  • pólen de flores;
  • gérmen de trigo;
  • levedo;
  • laranjas;
  • alfafa germinada;
  • nozes, avelã (oleaginosas)
  • melão;
  • queijos
  • iogurte.
Doses diárias recomendadas

500 a 1 000 mcg. Exemplo: em cada laranja contém em média 12 mg de vitamina B7, ou seja, ingerindo apenas uma laranja ao dia, tem-se esta necessidade suprida.
No Reino Unido a dose recomendada é de 10 mcg a 200 mcg e nos EUA a dose diária para adultos é de 30 mcg.
Apesar de não haver registro de toxicidade para a biotina, seria necessário doses de 500 a 1000 mg.

VITAMINA B - PIRIDOXINA

A piridoxina (também conhecida como vitamina B6) desempenha um papel fundamental na conversão da proteína que é consumida em aminoácidos formadores de músculos. Além disso, ela ajuda a manter a disponibilidade de energia e a formação de importantes neurotransmissores (como a serotonina) e na manutenção de um sistema imunológico saudável. É um importante precursor para a manutenção do bem-estar físico e mental.
O impacto que a vitamina B6 tem nos níveis positivos de neurotransmissores, especialmente de dopamina e de epinefrina, não deve ser menosprezado, pois toda performance é originada da mente. Todos os praticantes de atividades físicas e esportistas se beneficiam nesse aspecto, do consumo de vitamina B6.
A vitamina B6 ajuda na formação de vários neurotransmissores, e por isso é um nutriente essencial para a regulação dos processos mentais e, possivelmente, do humor. Alguns médicos defendem a alimentação como fonte exclusiva de vitamina B6. Outros médicos acreditam que a maioria das dietas não fornecem os níveis adequados dessa vitamina. Pessoas com problemas no fígado possuem um maior risco de deficiência dessa vitamina, assim como alcoólatras, idosos, mulheres que tomam contraceptivos orais e pessoas com síndrome de fadiga crônica.
Como a vitamina B6 aumenta a biodisponibilidade do magnésio, estes nutrientes muitas vezes são ingeridos juntos.
Principalmente por causa do seu papel no metabolismo da proteína, praticantes de atividades físicas e esportistas que desejam aumentar a massa muscular, por meio do consumo de uma dieta rica em proteínas, podem se beneficiar muito se mantiverem níveis adequados de vitamina B6.
A vitamina B6 favorece a respiração das células e ajuda no metabolismo das proteínas. É absorvida no intestino delgado, mas diferentemente das outras do complexo não é totalmente excretada pelos rins, ficando retida, principalmente, nos músculos.
Essa vitamina ajuda no metabolismo dos aminoácidos, sendo importante para um crescimento normal e essencial para o metabolismo do triptofano e para a conversão deste em niacina. Isto mostra a ligação que essas vitaminas têm umas com as outras.
A deficiência dessa vitamina é relativamente rara, no entanto, alguns medicamentos como a isoniazida, diminuem as concentrações plasmáticas da piridoxina.
Pessoas com quadro de alcoolismo, idosos e mulheres grávidas que apresentam pré-eclâmsia ou eclâmpsia,podem apresentar deficiência dessa vitamina.
Estudos feitos, ainda não comprovaram, totalmente, sua eficiência na tensão pré-menstrual.
Na falta da Vitamina B6 pode ocorrer: dermatite, anemia, gengivite, feridas na boca e na língua, náusea e nervosismo. 

 Fontes Alimentares
  • Vísceras,
  • Gérmen de trigo,
  • Aveia,
  • Cereais em grão,
  • Arroz integral,
  • Banana,
  • Batata com pele,
  • Leguminosas,
  • Leite,
  • Aves,
  • Atum;
  • Levedo de cerveja,
  • Vegetais verdes,
  • Carne bovina, suína e de frango,
  • Fígado,
  • Gema de ovo,
  • Pães integrais,
  • Abacate.
 Principais fontes na natureza
A vitamina B6 liga-se principalmente às proteínas nos alimentos. O piridoxol encontra-se especialmente nas plantas, enquanto que o piridoxal e a piridoxamina são principalmente encontradas nos tecidos animais. As galinhas e o fígado de vaca, porco e vitela são excelentes fontes de piridoxina. As boas fontes incluem o presunto e o peixe (atum, truta, halibute, arenque e salmão), nozes (amendoins, avelãs), pão, milho e cereais de grão integral. Geralmente os vegetais e as frutas são fontes pobres de vitamina B6, embora existam produtos nestas classes alimentares que contêm quantidades consideráveis de piridoxina, tais como os feijões e a couve-flor, as bananas e as passas.

Principais antagonistas
Existem mais de 40 medicamentos que interferem com a vitamina B6, os quais podem causar uma disponibilidade diminuída e mau estado da vitamina B6. Os principais antagonistas incluem:
  • Desoxipiridoxina, um anti-metabolito eficaz
  • Isoniazida, uma droga tuberculostática
  • Hidralazina, um anti-hipertensor
  • Ciclosserina, um antibiótico e
  • Penicilamina, utilizada no tratamento da doença de Wilson.
A vitamina B6, por outro lado, pode actuar em si mesma como um antagonista nos pacientes com doença de Parkinson e que estejam sob tratamento com L-dopa. Em tais casos, pode contrariar o efeito da L-dopa.

Principais sinergistas
Certas vitaminas do complexo B (niacina, riboflavina, biotina) podem atuar em sinergia com a piridoxina. A niacina e a riboflavina são necessárias para a interconversão das diferentes formas de vitamina B6.

Principais fontes alimentares por 100 g:
Gérmen de Trigo       3.30 mg
Farelo de trigo          1.38 mg
Bacalhau                   0.38 mg
Banana                      0.29 mg
Couve de Bruxelas  0.19 mg
Couve                        0.17 mg
Manga                       0.13 mg

VITAMINA B5 - ACIDO PANTOTÊNICO

A vitamina B5, também conhecida como ácido pantotênico ou pantotenato é uma vitamina que ajuda a controlar a capacidade de resposta do corpo ao stress. O ácido pantotênico é essencial para o metabolismo celular. Está envolvido na liberação de energia do carboidrato, na degradação e metabolismo de ácidos graxos, na síntese do colesterol, fosfolipídeos, hormônios esteróides e porfiria para hemoglobina e colina.

Principais funções

O ácido pantoténico é essencial na síntese da coenzima A, sendo por isso uma vitamina essencial no metabolismo dos mamíferos.
  • Ajuda a controlar a capacidade de resposta do corpo ao stress.
  • Atua na produção dos hormônios supra-renais.
  • Na formação de anticorpos.
  • Ajuda no metabolismo das proteínas, gorduras e açúcares.
  • Auxilia a conversão de lipídeos, carboidratos e proteínas em energia.
  • É necessária para produzir esteróides vitais e cortisona na glândula supra-renal.
Principais fontes

A vitamina B5 é encontrada no fígado, cogumelos cozidos, milho, abacate e carne de galinha, ovos, leite, vegetais, legumes e cereais de grão. Os vegetarianos, apesar de não ingerirem alimentos de origem animal, têm suas necessidades supridas em caso de praticarem dieta balanceada, orientada por um profissional da Nutrição.

Sintomas de deficiência

Fadiga ou lassidão, má produção de anticorpos, cãibras musculares, náuseas, dores e cólicas abdominais, insônia ou sonolência, cefaleias, mal-estar geral, fraqueza de unhas e cabelo, doenças neurológicas, síndrome do ardor nos pés.

Excesso de vitamina B5:
Não há nenhum nível de toxidade conhecido.

Fontes:
O ácido pantotênico está presente em todos os vegetais e animais. Fontes excelentes são: gema de ovo, rim, fígado e leveduras. Fontes satisfatórias: brócolis, carne bovina magra, leite desnatado, batata doce e melaço. 

Recomendações Nutricionais de vitamina B5:

Idade
mg /dia
Lactentes
0 a 6 meses
1.7
7 a 12 meses
1.8
Crianças
1 a 3 anos
2
4 a 8 anos
3
Adultos
9 a 13 anos
4
14 a 70 anos
5
> 70 anos
5
Mulheres
9 a 13 anos
4
14 a 70 anos
5
> 70 anos
5
Gravidez
6
Lactação
7
Fonte: Dietary Reference Intakes: Recommended Intakes for Individuals Vitamins, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 2004
Teor de Vitamina B5 em alguns alimentos:
Fonte
mg
Fígado bovino, 100 g
6,30
Germe de trigo, 1 xícara
2,24
Amendoim torrado, 1 xícara
2,00
Farinha de aveia, 1 xícara
1,88
Salmão, 100 g
1,11
Frango, 100 g
0,98
Leite, 1 xícara
0,78
10 Tâmaras
0,65
1 Mamão Papaia
0,66
Morangos, 1 xícara
0,50